33. ERROS
˖࣪ ❛ ERROS
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CARLISLE ABRIU A porta do quarto da pequena Meredith com extrema tranquilidade e calma, a lentidão com que o fez parecia ver que tudo estava acontecendo em câmera lenta. O aroma de sangue tão doce o fez querer chorar pela imagem que estava prestes a ver. Havia sangue no chão, mas a melodia suave que Rosalie cantarolava parecia enervá-lo ainda mais.
— Shhh, ela está dormindo... — a loira murmurou com um sorriso, balançando Meredith nos braços enquanto gentilmente tirava uma mecha de cabelo de seu rosto.
A doce melodia soou novamente, Carlisle não sabia se era possível um vampiro sentir arrepios, mas a sensação estava lá, o homem observou enquanto Rosalie se virava e se aproximava da janela, completamente alheia à realidade que estava por trás disso.
•°•°•
Em Volterra, todos estavam se acostumando com a presença de Meredith, era muito divertido ver uma menininha de 5 anos no castelo correndo e rindo pelos corredores, pelo menos não estava mais tão quieto. Demetri estava tentando procurar a pequena Meredith no castelo, quando ela o convenceu a brincar de esconde-esconde ele achou que tinha sido a pior ideia mas quem era ele para recusar.
Marcus certamente não esperava uma visita, muito menos de Meredith, que entrou na biblioteca e chamou a atenção do vampiro. Ela colocou o dedo indicador nos lábios pedindo para ele ficar quieto e correu para o outro lado da sala para se esconder sob a cortina.
— Muito bem, anã... — falou Demetri chegando na biblioteca, então viu o rei e parou rapidamente. — Oh, sinto muito, Mestre Marcus. Estou apenas procurando por Meredith.
— Você perdeu Meredith, Demetri? — o vampiro perguntou, voltando à sua leitura.
— Não, senhor. Estamos brincando de esconde-esconde. — disse ele rapidamente, esclarecendo a ideia.
É claro que Demetri a encontrou e isso foi apenas o começo da manhã. À tarde, antes do meio-dia, Aro sugeriu que Caius cuidasse da menina, claro que todos e até o próprio Caius se opuseram a essa bobagem, mas ele não teve escolha a não ser aguentar.
— Espere por mim! Eu tenho pernas longas! — exclamou a pequena Meredith tentando alcançar o rei que foi forçado a diminuir a velocidade para poder segui-lo. Ele não precisava que seus irmãos o incomodassem só porque a garota se perdeu.
Meredith tinha o péssimo hábito de segurar a mão da pessoa com quem estava andando, Caius queria fazê-la se soltar mas Meredith encontrou um jeito de sempre voltar a segurar a mão ou o dedo, ou neste caso o manto.
— Você vai sentar aí e não tocar em nada, entendeu? — ele exclamou em uma ordem, Meredith assentiu e foi se sentar no sofá que ficava naquele estúdio de arte, completamente repleto de pinturas e telas que Meredith olhava com fascínio.
Ela gostaria de ver cada um detalhadamente, mas Caius podia vê-la pelo canto do olho e assim que ela ousava mover um dedo, o rei se virava com aquele olhar agressivo e severo para lembrá-la de que ela não era permitido tocar em qualquer coisa.
Porém Meredith não parecia entediada, Caius estava novamente pintando em uma tela e se esticou para ver as cores e suas misturas, fascinada pelas novas cores e pelo que poderia fazer com elas. Uma parte de Caius ficou satisfeita pela menina ter bom gosto para arte, se ela ficasse e ele fosse obrigado a ter que aturar ela certamente a educaria em arte, talvez até a ensinaria a pintar para não cair nas atrocidades que a menina chama de desenhos.
— É incrível que você a tenha deixado sentada aí a tarde toda! — Athenodora afirmou, irritada ao entrar no escritório com uma bandeja de comida para a menina.
— Suas mãozinhas podem destruir tudo isso em questão de segundos. — Caius desculpou-se sem tirar os olhos da tela.
— Você poderia pelo menos ter dado a ela algo para pintar. — disse ela, passando por ele. — Olá, princesa. Você está se divertindo?
— Não. — ela disse honestamente, a mulher sorriu e largou a bandeja.
— Os cozinheiros fizeram macarrão, batatas fritas e nuggets para você.
— Nuggets. — exclamou a menina antes de pegar o garfo e tentar comer. Caius pôde ouvir sua esposa ensinando a menina a segurar um garfo corretamente. Algumas noites atrás ele encontrou as duas olhando através de um telescópio, Meredith gostava das estrelas e Athenodora se encarregou de mostrá-las a ela. Talvez se a menina ficasse, a esposa dele ficaria feliz, ela teria o que sempre quis, talvez eles pudessem até fazê-la passar por filha, mas o que diabos ele estava pensando?!
Os guardas gostaram muito da companhia de Meredith, ela gostava de pular nas poças d'água do jardim, observar os pássaros muito grandes, embora Demetri tenha apontado que eram filhotes e não pássaros, mas ele realmente não conseguiu vencer uma discussão com Meredith e Jane o ameaçou para provar que Meredith estava certa, é claro.
— Muito bem, fera. Vá dormir. — disse Jane, cruzando os braços.
— Não estou com sono! — exclamou a menina, pulando na cama.
— Você sabe que não deve pular na cama. Você pode cair.
— Não.
— Se você não parar de pular vou chamar o Mestre Caius.
E naquele momento Meredith caiu de joelhos no colchão parando, seu sorriso se alargou e ela riu levemente. Se Meredith ousasse fazer birra bastava que chamassem Caius para fazê-la parar, eles realmente não sabiam como interpretar.
•°•°•
Carlisle se aproximou lentamente de sua filha adotiva. Rosalie considerava Meredith a coisa mais preciosa de sua vida, como um tesouro que ela não estava disposta a perder ou que outros tomariam.
— Rosa...
— Shhh! Fique quieto! Eu disse que ela está dormindo! — ela exclamou sem levantar a voz, mas ainda parecia querer gritar. — Talvez eu devesse acordá-la para tomar banho.
— Tenho certeza que Esme pode te ajudar. Você precisa de um banho também, não pode segurá-la assim... Se ela acordar vai ficar com medo de ver... — ele começou a dizer em um esforço para faça com que ela solte a garota.
— Você está certo... — ela murmurou com mais calma. Rosa olhou para Meredith, sua expressão serena e relaxada a fazendo sorrir. — Quando eu terminar irei buscá-la...
Carlisle pegou a garota nos braços, o nó na garganta o fez querer engasgar ao levá-la consigo, ele apertou os olhos com força, não ousou olhar para ela.
Muitos ficaram confusos, eu realmente entendo. Mas quando as letras estão em itálicos, começo a me referir a MEMÓRIAS.
Em nenhum momento foi mencionado que os Cullen JÁ encontraram Meredith :D ou que Meredith voltou para eles.
Não existem linhas alternativas ou multiversos ou clones ou algo assim. Existe apenas uma Meredith Cullen.
Nos vemos no último capítulo!
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